Oceano Atlântico dezembro. O SS Poseidon, um dos maiores transatlânticos do mundo navega em direção a Lisboa carregado de turistas. Tempo bom, mar sereno - mas de súbito , inexplicavelmente, o Poseidon vira. E o transatlântico se transforma numa nau dos insensatos.
A quilha esta virada para o ar. Prisioneiros de um Inferno povoado de destroços e cadáveres sem ver o sol, com a luz dos geradores quase a extinguir-se, um grupo de passageiros, impelidos peça coragem do desespero, decide tentar através das entranhas do monstro que soçobrava a incrível expedição ate a superfície do casco, ate o sol, o mar - até a salvação.
Reunidos um dia pela pura força do acaso, solidários agora pela pavorosa situação que os arrebata, aqueles homens e mulheres se organizam e partem.
Para dentro do estranho grupo cada qual leva o seu mal controlado panico e sua remota ,esperança a agonia da vida prestes a perder-se e a frustração da existência mal vivida.
Mas mesmo ali, nem tudo é desespero e medo.
A um passo de uma morte cruel e absurda, mais do que nunca se manifesta aquilo que cada um tem de mais profundo. E mesmo ali resta lugar para amizade, e a abnegação, o amor.
Ali acontecem coisas impossíveis em outras circunstâncias. Pois a proximidade da morte deixa evidente a futilidade de todas as hesitações, de todos os medos, de todas as mentiras. Nenhum deles sabe quantos minutos ainda tem de vida. Mas para todos uma coisa torna-se clara desde os primeiros instantes: aquele que sobreviver ficara sendo uma pessoa diferente
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