Ainda na infância, Janine Rodrigues vivia,
literalmente, em um cenário que certamente poderia ser de um livro
infanto-juvenil: era uma chácara enorme, com pés de frutas que tinha até
uma nascente de água natural que ecoava o silêncio e a calmaria do
interior. Inspirada por esse lugar “quase mágico”, como ela mesma
define, começou a escrever histórias e mais histórias. Até que, mais
velha, resolveu tirar (parte delas) do papel. Foi assim que a
consultoria em arte-educação e editora Piraporiando
nasceu. Com ela, Janine já lançou cinco livros infanto-juvenis e atingiu
ao menos 23 mil crianças com projetos de incentivo à literatura que
promove em escolas públicas e privadas no País. Até fevereiro de 2019,
ela já tinha viajado por mais de 16 estados com o projeto.
Naquela cidadezinha ela estudou em uma escola que incentivou o que havia de mais lúdico em sua mente. Mas hoje, aos 37 anos, reconhece que, se não fosse seu cunhado, um professor de português que até hoje tem o hábito de presentear as pessoas com livros, não teria tanta intimidade com eles.
“Quando meu pai morreu, eu tinha oito anos e meu cunhado se tornou a minha referência de figura masculina. E ele sempre dava ou emprestava livros, sempre fez isso de maneira muito natural. Foram vários elementos que me trouxeram para a literatura, mas ele estar na minha vida fez muita diferença porque foi um incentivo contínuo”, relembra.
Meus amigos diziam que eu tinha um ótimo emprego, salário e que eu era louca de largar isso para viver de escrever livros.
Ele regou uma semente que já existia. Janine sempre gostou de escrever.
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