terça-feira, 1 de outubro de 2019

+ Leitura - Livro: de Jó


Sou muito impaciente. Para mim as coisas demoram muito mais para acontecer, do que para outras pessoas, e como eu leio a bíblia inteira uma vez por ano, nesse ano que para mim está sendo um dos piores da minha vida rsrsrs, prestei mais atenção no livro de Jó, o que mais me chamou a atenção, foi a paciência que Jó depositou em Deus, coisa que eu não tenho muita, bem se Jó conseguiu quem sabe eu ainda tenho chance...

O Livro de Jó ou Job é um dos livros sapienciais do Antigo Testamento e da Tanakh. É considerado a obra prima da literatura do movimento de Sabedoria. Também é considerada uma das mais belas histórias de prova e fé.

As inúmeras exegeses presentes neste livro são tentativas clássicas para conciliar a coexistência do mal e de Deus (teodicéia). A época em que se desenrolam os fatos, ou quando este livro foi redigido, é controverso. Existe uma famosa discussão no Talmud a este respeito.

A autoria de Jó é incerta. Alguns eruditos atribuem o livro a Moisés. Outros atribuem a um dos antigos sábios, cujos escrito podem se encontrados em Provérbios ou Eclesiastes. Talvez o próprio Salomão tenha sido seu autor. O livro de Jó também é considerado o livro mais antigo da Bíblia, mais até que o livro de Gênesis.

Por outro lado, a Edição Pastoral da Bíblia sustenta que o livro provavelmente foi redigido, em sua maior parte, durante o exílio, no século VI AC.
A Bíblia de Jerusalém sustenta que o livro é posterior a Jeremias e Ezequiel, ou seja, escrito em uma época posterior ao Exílio na Babilônia, considerando provável sua composição no início do séc. V AC.

A Tradução Ecumênica da Bíblia sustenta que a obra foi composta em várias etapas:
O prólogo (1:1-2:13) e o epílogo (42:7-17), seriam um conto folclórico que originalmente narrava a paciência exemplar de um homem da terra de Us (talvez em Edom, a sudeste do Mar Morto). Este conto circulava entre os sábios do Oriente Médio de formal oral desde o fim do Segundo Milênio AC, e foi recontado em hebraico na época de Samuel, David e Salomão (sécs. XI e X AC).

Servindo-se da bem conhecida história do infeliz Jó (Ez 14:14.20), um poeta da segunda geração do Exílio na Babilônia (aprox. 575 AC) compôs o poema (3:1-31:40; 38:1-42:6).
Os discursos de Elihu (32:1-37:24), que tratam do valor educador do sofrimento, seria uma adição posterior de outro autor.
Muitos pensam que o Elogio da Sabedoria (28:1-28) seria uma adição posterior.

Temática:
O tema central do livro de Jó não é o problema do mal, nem o sofrimento do justo e inocente, e muito menos o da "paciência de Jó", mas a natureza da relação entre o homem e Deus, em oposição à teologia da retribuição.

Como Jó, na época do Exílio na Babilônia, o povo de Judá tinha perdido tudo: família, propriedades, instituições e a própria liberdade, o que exigia uma revisão da teologia da retribuição.
Para conseguir sua intenção, o autor usa uma antiga lenda sobre a retribuição (1,1-2,13; 42,7-17), omitindo o final (42,7-17) e substituindo-o por uma série de debates que mostram o absurdo da teologia da retribuição, incapaz de atender à nova situação (3,1-42,6)

Aspecto importante do livro é que Jó faz a sua experiência de Deus na pobreza e marginalização. A confissão final de Jó - "Eu te conhecia só de ouvir. Agora, porém, meus olhos te vêem" (42,5) - é o ponto de chegada de todo o livro, transformando a vida do pobre em lugar da manifestação e experiência de Deus. A partir disso, podemos dizer que o livro de Jó é a proclamação de que somente o pobre é apto para fazer tal experiência e, por isso, é capaz de anunciar a presença e ação de Deus dentro da história.

O livro é um convite para nos libertar da prisão das idéias feitas e continuamente repetidas, a fim de entrar na trama da vida e da história, onde Deus se manifesta ao pobre e se dispõe a caminhar com ele para construir um mundo novo. Tal solidariedade de Deus se transforma em desafio: abandonar nossas tradições teológicas para nos solidarizar com o pobre e fazer com ele a experiência de Deus.





Fonte: Wikipédia

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