terça-feira, 8 de outubro de 2019

8 livros lançados em setembro que não deixarão você desgrudar das páginas

(Thais Fernandes/MdeMulher)

Assim como acontece com filmes e séries, o mundo literário não para um segundo e tem sempre uma novidade disponível na prateleira – seja ela física ou virtual. Ao mesmo tempo que isso é um acalanto para os corações que se sentem abandonados ao terminar um livro muito bom, também é um desespero para os indecisos (alô, librianos).

Por entender as dores e as alegrias do momento de colocar uma obra no carrinho de compra, o MdeMulher está fazendo uma curadoria mensal de grandes lançamentos literários (nacionais e internacionais). E para atender a todos os gostos, abraçamos diversos gêneros: desde histórias reais intensas até romances leves.

*Esta reportagem reúne produtos escolhidos a dedo por nosso time de editores e repórteres, e incluímos os links para compra, para facilitar sua vida. Se você comprar na Amazon algo que foi linkado no nosso site, podemos receber uma comissão.
Confira a nossa lista:

(Companhia Das Letras/Divulgação)

No auge dos seus 89 anos, Fernanda Montenegro se uniu com a jornalista Marta Goés para transformar momentos importantes da sua vida em um livro. Entre julho de 2016 e novembro de 2017, a atriz concedeu 18 entrevistas para Marta, que transcreveu todo material e o entregou para a atriz.

Com os depoimentos em mãos, Fernanda montou o livro entre novembro de 2017 até agosto deste ano. Com 392 páginas, a obra promete ser um mergulho profundo na sensibilidade e dedicação da atriz, vistos em diversos trabalhos televisivos e teatrais – como na peça “Alegres Canções”, em que ela conheceu o marido Fernando Torres e retrata no livro.

O livro também é a perspectiva de Fernanda sobre como foram os anos da ditadura militar no Brasil, as dificuldades de ter filhos sendo uma artista, a dor de perder o marido em 2008, e como é ter 89 anos e precisar se reinventar o tempo todo para manter o seu legado vivo.

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 2.  Pessoas Normais

(Companhia Das Letras/Divulgação)

Ao falar desse livro, precisamos começar dizendo para você que ele foi classificado como “O fenômeno literário da década” pelo ‘The Guardian’. Pouca coisa ele não é, hein?

Em 364 páginas, a obra conta a história dos jovens Connell e Marianne, que se conhecem desde a época do colégio. Ele é o famoso astro do time de futebol da escola e ela a garota mais misteriosa – daquelas que gostam de ficar sozinhas. Só que o caminho deles se cruza quando a mãe do jogador trabalha como empregada na casa de Marianne e o garoto a busca. Logo de cara, uma conexão surge entre eles e cresce cada vez mais. Entretanto, um deles quer manter a relação escondida.

Com todas as adversidades, eles acabam separados num primeiro momento, mas se reencontram durante a faculdade, em Dublin. Só que agora o cenário está invertido: Marianne encontrou o lugar dela no mundo e Connell está mais tímido e inseguro do que nunca.

Entre idas e vindas, eles são protagonistas daquela história que parece nunca ter fim porque a vida sempre dá um jeito de fazer você e a pessoa se reencontrarem. Só que mais do que isso, o livro trabalha com o limite entre achar que é possível ou não salvar a outra pessoa dos problemas com que ela está envolvida.

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(Objetiva/Divulgação)

João W. Nery faleceu em 2018, mas deixou um grande legado para a comunidade LGBT, especialmente às pessoas trans. Em plena ditadura militar no Brasil, ele conseguiu fazer a cirurgia de redesignação sexual aos 27 anos – tornando-se o primeiro homem trans brasileiro a conseguir o procedimento.

Além dessa conquista importante, João foi um grande ativista e dedicou a vida a dar visibilidade para pessoas transexuais, especialmente com o debate constante sobre o assunto. “Velhice Transviada” vem exatamente com essa proposta.

Por 176 páginas, o escritor fala sobre a marginalização de transexuais no Brasil e principalmente sobre como é difícil chegar à velhice quando você é uma pessoa trans. O assunto é de extrema importância quando lembramos que a expectativa de vida de transexuais no Brasil é de 35 anos, segundo levantamento feito em 2017 pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA).

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 4.  Contato de emergência
(Intrínseca/Divulgação)

Na era da tecnologia, atire a primeira pedra quem nunca sentiu que uma pessoa importante estava ali do lado mesmo com quilômetros de distância entre vocês. É isso que Penny e Sam vivem ao trocar diversas mensagens de texto, depois de serem unidos por uma crise de pânico no meio da rua.

Penny é uma jovem de 18 anos que está conquistando a independência ao sair de casa para ir à faculdade e, pelo visto, se livrando de quem não lhe acrescenta mais nada – como um namorado sem graça. Sem mais nenhum empecilho, o plano dela é se dedicar à vida de escritora. Só que no meio do caminho há Sam.

No auge dos seus 20 e poucos anos, ele está bastante perdido. Sam ganha pouco dinheiro, a mãe é ex-alcoólatra e o relacionamento anterior foi conturbado. A válvula de escape dele? Fazer sobremesas incríveis no café em que ele trabalha, terminar a faculdade à distância e cruzar os dedos para algo mudar (quem nunca, né?).

O caos da vida dos dois acaba os aproximando e o mundo virtual facilita tudo: eles estão perto mesmo quando estão longe, e a solidão já não é mais tão latente.

Uma curiosidade interessante também é que a obra é a estreia literária da escritora coreano-americana Mary H. K. Choi. Entretanto, ela já é um nome conhecido em veículos como ‘The New York Times’ e ‘GQ’, e também já produziu quadrinhos para Marvel e DC. Legal, né?

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(Intrínseca/Divulgação)

Se para você o livro perfeito envolve romance e comédia ao mesmo tempo, “Teto para Dois”, de Beth O’leary, é a escolha perfeita. O título é uma brincadeira ótima para o acordo que Tiffy e Leon decidem fazer.

Ela terminou o namoro há três meses e ainda não saiu de casa. Só que isso muda quando Tiffy encontra um lugar barato, mas com condições pouco comuns. Ela vai ter que dividir a mesma cama com outra pessoa, em horários alternados, o que fará com que eles nunca se encontrem ou sequer se conheçam. Para se comunicarem, os dois pregam bilhetes ao redor da casa.

A outra pessoa envolvida na história é Leon, que está com as finanças bagunçadas e decide sublocar o apartamento para ganhar uma grana a mais. Isso é possível porque ele passa as manhãs e tardes, durante a semana, no local e as noites está trabalhando como enfermeiro. Já aos finais de semana, vai para a casa da namorada. Resultado dessa rotina? Tiffy tem um ótimo espaço para ela durante a noite, além dos finais de semana livres.

Ainda que tudo pareça estranho, no começo funciona e os dois sentem como se estivessem com todos os problemas resolvidos. Só que, de repente, a ideia começa a ficar complicada, com as pessoas ao redor deles incomodadas – e insistindo em dar os famigerados pitacos.

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 6.  Todo mundo tem uma primeira vez

(Plataforma 21/Divulgação)

Se em agosto indicamos “Chorar de Alegria” como um bom livro de parcerias brasileiras, o deste mês é “Todo mundo tem uma primeira vez”. Ale Santos, Bárbara Morais, Fernanda Nia, Jim Anotsu, Olívia Pilar e Vitor Martins se unem para escrever crônicas que relatam diferentes primeiras vezes.

É aquela escolha sem erro para quem gosta de ler sobre diversos temas sem precisar trocar de livro. São seis contos que se ligam por acontecimentos comuns às pessoas, mas que em algum momento já foram feitos pela primeira vez antes de se tornarem rotineiros. E a gente sabe bem que não dá para esquecer alguns acontecimentos como o primeiro término, a primeira vez que a gente confia em alguém, que se rebela contra tudo e todos e até mesmo a primeira vitória.

O livro tem a proposta de refletir sobre temas que estão sempre ao nosso redor – como sexualidade, família, e inclusão social- e que talvez a gente não dê tanta atenção, pela correria do dia a dia. Apertar o pause às vezes é importante, viu?

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(Planeta/Divulgação)

Diretamente do Instagram, em que suas ilustrações bombam, Nath Araújo vem para mostrar diferentes situações do dia a dia do jovem, com desenhos divertidos, irônicos e estilosos – a capa já mostra bem, né?

Como o título propõe, a ideia é mostrar que ninguém é normal. A autora questiona o sentido pejorativo que “louco” ganhou com o passar dos anos – usado para ofender muitas pessoas – e aponta que, talvez, essa tentativa incessante de ser perfeito não faça sentido nenhum. Sim, a ideia é filosofar um pouco enquanto ilustrações encantam os olhos.

Caso você tenha ficado interessada, aqui estão alguns desenhos da Nath para ir entrando no clima: 



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Fonte: https://mdemulher.abril.com.br      Por Alice Arnoldi

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